terça-feira, 22 de novembro de 2011

Estilos diferentes de gestão da aprendizagem

Conversei com amigos que estudaram em três escolas, todas elas muito bem conceituadas internacionalmente. Essas escolas fazem a gestão da aprendizagem de maneiras diferentes, mas os resultados são igualmente bons. A diferença entre elas está no grau de estresse que geram no aluno.

Caso 1.
Escola brasileira de padrão internacional. Ela faz questão de gerar estresse por meio de provas dificílimas. Contudo, dá ao aluno o tempo necessário para fazer as provas, podendo este tempo chegar a 15 horas. Há o pressuposto, garantido por uma tradição de rigorosa punição, de que nenhum aluno usará o recurso da cola. A salvação dos alunos é analisar as provas antigas guardadas por colegas veterenos. A Escola não incentiva tal procedimento, mas o tolera, sabendo que ele mobiliza a iniciativa do aluno.

Caso 2.
Escola francesa. Ela usa o mesmo estilo da escola brasileira, gerando estresse intenso. A escola é considerada de elite, onde são formados os melhores especilistas numa área em que a França é reconhecida por estar entre os líderes mundiais do setor.

Caso 3.
Escola alemã. Essa escola, muito tradicional, garante as facilidades para que o aluno aprenda a matéria, por considerá-la o estado da arte a ser dominado com o mínimo sofrimento. Ela coloca à disposição todo o portfólio de provas já ministradas a respeito, e fornece aulas de monitoria para demonstrar as soluções dessas provas. A ideia é que a aprendizagem parte da imitação, evolui por meio de pequenas melhorias e, no limite, comporta a inovação, mas esta realizada por meio de pesquisas, e não de provas.

O meu amigo que passou pela experiência brasileira gostou muito da experiência alemã. Na escola brasileira ele disse que quase se desesperou, pois tinha de usar o cérebro como depósito de uma quantidade imensa de informações. Já na escola alemã, assim que dominou o método, conseguiu ficar entre os quatro melhores alunos numa turma de 200, contendo estudantes de vários países. Ele disse que se esforçou, mas que o esforço foi útil, necessário, e sem o estresse da escola brasileira.