quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A sabedoria do professor Paulo

Meu amigo Paulo, um professor universitário muito dedicado, resumiu assim sua experiência de vida: trabalho, disciplina e liberdade.

Ele teve de ganhar o pão com o suor do próprio rosto desde criança. Somente aos 40 anos, devido ser arrimo de família, adquiriu condições de fazer curso superior. Decidiu, em seguida, fazer carreira acadêmica, o que o levou a fazer mestrado e doutorado.

O Prof. Paulo iniciou sua carreira acadêmica aos 51 anos. Ele educa pelo exemplo. Nunca reclama de sua situação inicial difícil, pois acha que isso foi uma boa escola de vida para ele. Afirma que a pobreza sem miséria não é tão ruim assim para quem tem trabalho e é disciplinado.

O trabalho, conforme acredita, é fundamental para que o cidadão se eduque para a vida. A disciplina é a precondição para quem deseja liberdade. O professor Paulo, na minha opinião, está onde deveria estar: educando.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O pensador crítico-prático

O homem, por natureza, é obrigado a pensar, a sentir, a agir e a comunicar-se. Entretanto, parece que alguns são vocacionados para um desses aspectos mais do que para os outros.

Contudo, a educação, em minha opinião, deveria tentar formar o homem crítico-prático, no limite do possível. Isso implica que ele deve ser apto a analisar criticamente a realidade e, ao mesmo tempo, ser capaz de agir para transformá-la a partir das coisas mais simples.

Não há que se esperar formar um doutor para que se possa, por exemplo, pensar como pesquisador. Cada ação simples deve ser a ação do pesquisador, pois isso implica levar em consideração os fatores que delimitam a prática. Arrumar e varrer, por exemplo.

Entretanto, uma das maiores dificuldades reside na comunicação humana. Quanto a isso, ser crítico implica estar atento a essa dificuldade. Ouvir com atenção, por exemplo, e nunca responder sem antes ter compreendido realmente a intenção por trás dos gestos.

Ser um prático na comunicação implica buscar encontrar os pontos de concordância em primeiro lugar. Isso facilita a construção de ambientes de respeito mútuo. As discordãncias devem ser destacadas, mas apenas para reorientar o posiconamento crítico-prático.

A meta deve ser sempre a realização do potencial humano de criar ambientes nos quais as pessoas possam sentir-se felizes mesmo quando trabalham duro ou, até mesmo, quando sofrem de doenças terminais. Acompanhei casos assim e sei que é possível.

Mas isso implica partir do princípio geral certo.

sábado, 21 de agosto de 2010

A ignorância do sábio

Estou um pouco mais firme na compreensão do que seja sabedoria. É que o sábio, quanto mais aprende, mais se torna consciente de que é um ignorante.

Ele não mais tenta vencer alguém pelo seu conhecimento, como fazia antes de tornar-se sábio. Antes, procura aprender com todos. Até mesmo com o mais ignorante.

Com o ignorante pode-se aprender, por exemplo, o que não fazer em certas circunstâncias. Mas, há coisas que o ignorante sabe fazer, embora não saiba explicar. E com isso o sábio também pode aprender.

Enfim, a sabedoria pode ser encontrada no homem simples e sem instrução formal, mas pode estar muito longe do homem que conseguiu os mais invejados títulos acadêmicos.

A ignorância do sábio é um grande bem a ser conquistado.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Revolucionando o aprendizado

Tenho feito experimentos que demonstram que o aprendizado, em todas as áreas do conhecimento, pode passar por uma verdadeira revolução.

Em primeiro lugar, deve-se ter a visão de garantia de qualidade do aprendizado. Para isso é preciso selecionar muito bem os assuntos e abordá-los de forma que todos que sejam aptos ao aprendizado possam dominá-los.

O aprendizado deve ser estimulante e agradável. Quem aprende primeiro deve ajudar os demais colegas.

O cérebro não deve ser usado como depósito de informação, pois esse papel é melhor realizado pelo computador. É necessário que o aluno aprenda a pensar em conexão com o fazer.

Para aprender mais, leia:
Revolucinando o Aprendizado, de Gordon Dryden e Jeannette Vos.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Compreendendo melhor o sentido do milagre

Enquanto meu irmão Celson esteve doente, por cerca de oito meses, todos esperávamos por um milagre. Contudo, não tínhamos necessidade de um milagre no sentido de recuperção do corpo, pois sempre soubemos e aceitamos que o corpo nasce para morrer.

O Celson, após rejeitar, não só aceitou sua condição, como passou por uma profunda transformação.

Ele nasceu de novo. Tranformou-se num educador pelo exemplo. Teve grandes alegrias com seus amigos e familiares em meio ao sofrimento.

Mas é preciso estar atentos para percebermos o verdadeiro milgre: o novo nascimento pelo espírito.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O potencial revolucionário da simplicidade aplicada

Acabo de dar uma aula sobre o Programa 5S para alunos do Curso de Engenharia Civil da UFMG.

Após fazer uma pequena dinâmica para ilustrar a importância do senso de ordenação, além de demonstrar a importância da comunicação eficiente no local de trabalho, fui procurado por alunos que viram aplicação imediata dos conceitos nas empresas em que trabalham.

Um deles chegou a comparar sua experiência de vida com as dinâmicas apresentadas. Ele percebeu que tudo pode ser melhor, mais barato e mais agradável quando se aplicam os conceitos básicos da gestão.

Fiquei satisfeito de saber que há potencial de se fazer uma verdadeira revolução na qualidade de vida por meio da aplicação de conceitos simples.

Espero que os líderes da sociedade percebam esse potencial e ajam para realizá-lo.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Colhendo os frutos da educação

Meu filho Gustavo está, finalmente, colhendo os frutos da educação. Foi contratado para participar do projeto mais avançado da Airbus.

Ele era hiperativo, e não gostava de estudar. Mas, foi orientado a tornar-se autodidata nas escolas por onde passou.

Fez Engenharia Aeronática no ITA, com o último ano tendo sido cursado na Universidade Técnica de Berlin.

Em Berlin não perdeu tempo. Estagiou numa empresa de Engenharia e deixou sua marca. Tornou-se tão importante no projeto no qual atuava que teve uma oferta de emprego.

Em julho de 2010 teve de escolher entre três alternativas: manter-se na empresa onde estagiava; fazer mestrado no Instituto Superior de Aeronáutica e Espaço da França, com bolsa do governo francês, ou aceitar um emprego para trabalhar em Munich, num projeto da Airbus.

Gustavo aceitou a última oferta e está muito feliz. Ele está aplicando tudo que aprendeu sobre ser um autodidata em todos os campos, especialmente quanto ao conhecimento da natureza humana.

Que Deus guie o Gustavo para vôos mais altos. Estes de natureza espiritual!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Tudo bem após muito sofrimento

Meu irmão Celson faleceu no dia 10/08/2010 após cerca de oito meses de sofrimento devido a um câncer fulminante. Nos últimos seis meses ele ficou de cama praticamente sem mobilidade. Perdeu a sensbilidade progressivamente, dos pés até o peito.

O mais importante, contudo, é que o Celson, quanto mais sofreu, mais se tornou dócil e aberto à soberania de Deus. Ele passou a cantar os hinos evangélicos junto aos seus visitantes, e até mesmo a consolar as pessoas que sofriam.

Em tese, foi o cigarro o responsável pelo cãncer. Ele fumou por cerca de 42 anos. E usou seu sofrimento para tentar convencer todo fumante que o visitou a deixar o cigarro. Ele não perdia tempo quanto a isso.

Sua família tornou-se mais unida durante sua doença. Sua esposa Creuza jamais saiu de perto dele. Seus filhos Celson Filho e Marcelo, embora tivessem de trabalhar, passavam por lá três vezes ao dia e se tornaram enfermeiros dedicados. Suas filhas Luciana e Márcia deram-lhe todo amor que podiam. Seus genros e noras, o José, a Cláudia e a Aracely, deram-lhe apoio integral.

O sofrimento do Celson não foi em vão. Ele nasceu de novo em espírito. Com certeza!