terça-feira, 30 de novembro de 2010

A liberdade do homem integral

O homem pode sentir-se totalmente integrado à grande realidade da vida, ou pode sentir-se apenas um indivíduo isolado ou, ainda, membro de um partido.

O homem de partido é um homem partido, mas isso faz parte da sua condição até que compreenda sua possibilidade de tornar-se um homem integral. Mas, obviamente, isso não é fácil.

Algumas vezes, ao buscar a liberdade, o homem torna-se membro de algum partido dito liberal. E, nesse partido, luta contra todos, tentando fazer prevalecer a si mesmo como o melhor partido.

Por outro lado, há o homem que julga estar alinhado com a totalidade, mas esta vista sob a perspectiva do partido único, do qual quer fazer-se líder ou seguidor, e que representa uma classe que deve assumir o controle total da sociedade.

Já o homem intetral, preparado para ser livre, está além de todos os partidos. Não pertecendo a nenhum deles, pode compreender a necessidade de todos eles enquanto a sociedade não amadurece.

A Humanidade produziu alguns exemplares extraordinários desse tipo de homem, entre eles: Buda, Confúcio, Sócrates e Gandhi. Contudo, há exemplos quase ao nosso lado de pessoas simples que atingiram essa liberdade em alto grau.

O homem integral na sua versão mais singela não precisa ter muita instrução para ser educado e, como tal, livre. Ele pode ser, por exemplo, o gari que realiza o seu trabalho com alegria e se dirige a todos com um sorriso contagiante.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Graus de liberdade

Todos queremos liberdade. E todos os grandes sistemas políticos prometem-nos liberdade.

O liberalismo sem peias oferece a liberdade que se pode conquistar por mérito próprio, individualmente ou mediante associação estratégica. Ele levou ao capitalismo selvagem e ao nazismo, além de ter induzido o movimento comunista marxista.

O comunismo marxista oferece a liberdade que se pode obter de um sistema totalmente solidário, este coordenado pelo partido que representa a classe dos trabalhadores unidos. Isso levou ao comunismo soviético, ao comunismo norte-coreano e ao comunismo cubano.

A Europa teria encontrado uma terceira via, esta oscilando em torno do meio termo representado pela social-democracia. Um Estado de tamanho suficiente deveria garantir a satisfação das necessidades humanas essenciais, além de garantir a igualdade de oportunidades para que cada invivíduo, de acordo com o seu esforço, utilize os meios à sua disposição para que se autorrealize.

O Japão teria encontrado uma terceira via paralela à européia. Lá, o capitalismo estaria atuando em prol do bem estar da sociedade, esta constituída, em cerca de 90%, pela classe média. O comunismo foi rejeitado, mas suas boas ideias foram acolhidas.

Constituiria o lulismo uma via paralela às vias européia e japonesa? Com a Dilma presidente o experimento será posto em ação. Fiquemos atentos, pois fala-se num socialismo terceiro-mundista que ainda não gerou um representante que possa ser considerado bem-sucedido. Seria o Brasil o primeiro modelo?